quarta-feira, 28 de setembro de 2011

DEÍSTAS?

O deísmo quer construir uma figura de deus criador através da razão.
François Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire, era considrado deísta. Entretanto como se pode afirmar que o deísmo não se perca entre o que é considerado razão ou mearazon ou não razão, pelos insensatos homens ilustres através de suas pregações filosóficas.
Depois de navegar por diversos conceitos filosóficos, penso que os “saberes” dos “grandes pensadores” os quais se digladiam mais por vaidades pessoais de indivíduos que se aderem a esta ou aquela corrente filosófica, sem se desvencilharem da tendência animalesca de gregariedade que impulsiona o animal a formar grupos que lhe garanta a sobrevivência. Navegar em um barquinho, sozinho, sem apoio da comunidade filosófica e, ou científica, é extremamente temerário para quem quer ser reconhecido publicamente por suas atividades intelectuais.
O filósofo inglês Antony Flew, depois propalar idéias ateístas, quase toda a vida, sendo mesmo, um defensor do ateísmo, ao chegar a velhice declarou publicamente que se que se tornara deísta. Ora, isso, com certeza deve ter enchido de entusiasmo os “filósofos cristãos” que viram um ateu se convertendo.
Eu não diria que houve nem isso e nem aquilo no comportamento do ateu que tergiversou. O que ocorre, na verdade, é que o ser humano em imensa dificuldade de aceitar um questionamento próprio que o coloque de encontro com acervo mundial de propagação de divindades poderosíssimas e que por uma questão de assuntos estratégicos que não nos convêm contrariar, visto que todas podem atravessar seu íntimo e saber o que você está pensando, o que pensou e o que pensará, portanto, não tente nem cogitar qualquer sedição que fira ao menos de leve qualquer divindade, e esta tem milhões de consciências a lhe direcionar um feixe de injurias capaz de arruinar sua vida familiar, sua saúde, sua carreira e até mesmo sua reputação. Quem não tem medo de uma bestialidade destas? Sair de uma sistemática desta envergadura requer uma grande dose de iluminação. Não é fácil. Penso que ao nos libertamos desta maldição, ao qual mais de cinco quintos da humanidade que tem acesso à informação escrita através da leitura é  adepto a algum tipo de guia poderoso que, de alguma forma lhe controla o itinerário nesta vida, mas ao nos libertarmos disto, estaremos já, na metade do caminho, qualquer que seja sua extensão. Falo de um caminho que nos conduza ao nosso jeito de conduzir as coisas sem estar atrelado a nenhuma corrente de credos que não pertence ao nosso direcionamento.
Entrar em um barquinho e seguir rumo a seu plano de navegação; é pensar assim como penso;  não me parecendo viável perscrutar a origem do todo que nos tornamos em cultura, evolução educacional, estando, como estamos, com relativa liberdade de nos posicionarmos. Mas sim considerarmos a possibilidade de assim como aqui no planeta terra, evoluímos em conjunto até que conseguimos uma democracia razoável democracia na maioria dos paises, e esta prática está se espalhando até nas ditaduras mitigadas em teocracias, (o que é pior). Mas até mesmo estes redutos do totalitarismo estão ruindo e não por ação de um líder mundial, mas sim de uma tendência global que se espalha em virtude das facilidades nas comunicações. Sim, se com toda nossa desorganização mundial, estamos caminhando paulatinamente para uma sociedade globalizada, sem a famigerada presença de um governante, e sim de uma consonância de idéias de como na idéia original da ONU em exigência de cartas de intenções. Podemos então formular a hipótese de que haja uma evolução universal ou multiuniversal, sem contudo elaborarmos a idéia de um criador e sim de expansão natural com núcleos evolutivos que depois se aglutinam em um só para depois se aderem a outros já agrupados a assim, sem questionarmos onde isso irá dar e sim caminharmos em consonância com aquilo que razoavelmente interpretamos de todas as correntes filosóficas: não façamos com os outros, qualquer interferência que não gostaríamos que nos fizessem,  e. sem competições estúpidas de grandezas imaginarias, e com certeza estaremos em paz com nossos semelhantes e assim sairmos dessa condição de civilização em condições primárias de compreensão da existência, ou seja, nos primórdios da noção de que somos uma partícula essencial para o desenvolvimento deste universo que existe em nossos sentimentos e que a ele pertencemos numa razão de que só existe você se relacionando com tudo que te cerca e que você tem de se adaptar ao meio de forma a desfrutar de tudo que é lhe é proporcionado. Até que tenhamos um relacionamento tão harmônico possível com o resto do que ultrapassa de nós.
ZANELLI

sábado, 24 de setembro de 2011

Sausage

Outro dia, indo de um lugar a outro passei por uma daquelas ruas obrigatórias que existe em toda cidade interiorana que se preze. E é nessas ruas que você tem de exercer suas habilidades de convivência social, que antigamente foi o significado de política. Hodiernamente, não se pode falar que uma pessoa comum esteja sendo político sem ofendê-la. Outro dia um senhor de idade, destes que se acham sabedores das minúcias da vida, encheu a boca pra me chamar de "senador". Eu particularmente vejo as figuras daqueles políticos seniores, como sendo a culminância da vida de quem vive a vida inteira como se nunca fosse morrer e depois morre como se nunca tivesse vivido, pois somente se contaminou de vaidades e outros sentimentos vis. Mas eu quero crer que ali entremeados a tantos, existe um "qualcuno" que em uma missão extremamente espinhosa esteja ali infiltrado como agente do bem, em virtude do sistema universal do equilíbrio.
Ah, de que estava eu a falar? Sim. Mas é do simpático senhor, que me chamava de senador à guisa de cumprimentar com conteúdo a minha pessoa, ou mesmo de treinar sua sabujice. É que para estas consciências, (que estão em seu momento, nada errado), os cargos públicos, têm a principal função de fazer de seu ocupante, uma pessoa respeitável, quando deveriam, pelo mais correto entendimento, ser exatamente o contrário, pois, uma pessoa deveria ser, primeiramente respeitável de maneira a assim ser reconhecida publicamente, ou por alguma maneira provar a sua respeitabilidade para ocupar cargos públicos.
Mas não era, também desse fato que estava em caminho, mas de uma outra coisa é que ali onde parece que você vai encontrar a Marylin, encontrei um amigo, desses que é político, mas se coloca da melhor maneira a ser sentir confortável entre o diabo e o advogado dele. Aí ele me falou a respeito da  filosofia e então eu disse a ele que a filosofia está para a evolução como concreto armado está para a construção e considero que é linha divisória entre a inteligência e a sabedoria. Achei que isto tinha soado bem e até agora ainda não me soa mal e por isso transcrevi. zanelli
Sábado, 24 de setembro - 18:38 pm. 
   

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

VELOCÍMETRO


Será que em nosso sistema existe um medidor da velocidade com que evoluímos? E se tivesse, qual seria sua serventia? Penso que como a maioria das imposições que fazemos a nós como meta disso meta daquilo, não passa de mera sugestão de nossa própria ânsia de entendimento para chegarmos ao discernimento. Penso que ao invés de nos preocuparmos com o nosso status quo, devemos estabelecer mecanismos que funcionem como ferramentas de limpeza de tudo aquilo que pudermos identificar como trava ao nosso desenvolvimento. Sim. Observemos a cena em que um estúpido sobrevivente de um incêndio que ao se deparar que havia deixado tal valor material que pereceria no fogo, volta para resgatar o objeto, e, acaba morto nas chamas. A escala de valores dele era deturpada. Ou seja, dependendo de nossa mensuração valorativa, os entraves à nossa evolução são mais quando nossos valores se aproximam do imediatismo material ou menos se nossa escala se aproxima dos valores espirituais de calibre a lhe dar sustentação para uma existência mais leve de se levar. Exemplificando, aquele indivíduo cujo objetivo principal é “vencer na vida” naquele sentido da faina diuturna, sem descanso e nem variações comportamentais como uma atividade que lhe serviria de reabastecimento como uma atividade esportiva, música, teatro, isso tudo regrado com a boa companhia familiar ou de amigos, estará, certamente vazio e esgotado por ocasião de seu prazo de validade para as atividades laborais.   
Enfim, apesar da prolixidade, o que eu quero explanar é o  pensamento de que o comandante do nosso barco evolutivo é nós mesmos e aí, pouco importa a velocidade que evoluamos, mas sim que o façamos de maneira tranqüila, sem estar disputando nada com ninguém. No caminho evolutivo espiritual não existe competição, mas colaboração e solidariedade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Quer ver esse portal?




Para obter conhecimentos astrais de muito alto:

Para compreender mais e mais:

É experimentar para crer. Então navegue com calma:

domingo, 4 de setembro de 2011

Sei lá... Mas pensando bem...

Há muito que não escrevo em lugar algum. Talvez seja pelo fato de que acredito que as coisas que escrevo hoje, amanhã já estará caduco. Senão vejamos. Comecei esta minha estadia terrena na companhia de meus pais e meus irmãos, onde três vezes por semana a gente tinha que ir pra igreja, e que igreja... era uma facção de evangélicos mais cabeças duras que eu já pude imaginar, uma seita que não se julga seita que se trata de uma doutrinação cartilhada pelas epístolas de Paulo e ainda mais abrasadora, como se já não bastasse ser oriunda dali, ainda os doidos  aglutinaram tudo que é mais de pestilento na famigerada bíblia e socaram gooela abaixo. Tá vendo porque quase não escrevo? Sou um linguarudo. Falo pelas quatro ventas. 
Eram tempos de aflição. Eu não gostava de ser chamado de crente pelos colegas de escola, mesmo porque , eles não só falavam a palavra, mas colocavam-lhe adereços nada  agradáveis. Era bullying mesmo. Na década de sessenta quando eu fazia o primário, eu morava em uma cidadezinha do interior de Goiás, todos discriminavam os crentes que hoje se intitulam de evangélicos e quase que são maioria, alias acho que as estatísticas estão erradas; os evangélicos devem ser maioria aqui no Brasil. pois em cada canto que se olha tem um "templo evangélico", muitos em germinação, os crescidos são imensos nichos. Acredito que quanto mais os seres humanos ficam perdidos em si mesmos mais eles se imbecializam. Mas vamos analisar com otimismo: quanto mais o ser humano se converte em cretino, mais proximo ele estará da cura (esclarecimento) pois, dali onde está, num poço de estupidez, o indivíduo não pode piorar , pois não tem como, então, só pode melhorar e daí sair daquele poço para a margem e dali saltar para o conhecimento a partir do zero. Isso é bom. Mas hoje depois de ser Espírita por uma grande faixa de minha vida, fui me afastando do centro por conta de raciocínio lógico e apesar de apreciar imensamente as escrituras de Allan Kardeck, o qual acho que adotou o cristianismo e permeou o espiritismos com tal religião para ter aceitação na europa católica ou porque , talvez ele fosse cristão, sei lá, mas acho que realmente era cristão, porque ele fazia questão de indicar aos seus leitores outros tipos de obras literárias versando até sobre ateísmo, mas ele guiou seu trabalho de  montagem do pentateuco espírita como se fosse um explicativo de origens e evolução mas sempre paralelisando com as escrituras judaico-cristãs de antanho e, neste tempo, já bastante corrompidas pelos interesses dos "poderosos"  , encabeçados pelos escribas católicos - ou seja, textos  no minímo suspeítos de um compêndio de livros, os quais corromperam com nossa cultura ocidental, pois se nossos deuses fossem evolução do conceito de nossos nativos, com certeza não soariam aos ouvidos atentos como tão......
Foi aí que eu não consegui mais me ater. Bom mas agente não precisa de templo para o exercício da fé e eu perdi foi exatamenta a fé. Depois de pesquisar com avidez a rede internet, comecei a perder totalmente a fé até ao ponto de não acreditar em mais nada que não fosse cabalmente provado. Sabe, nos nos tornamos metálicos.  Eu não me sentia bem. Foi aí que conheci a concienciologia, e dai comecei a beber de fonte que eu não conhec ia. Devido a minha origem evangélica eu me encontrava sobre um vazio existencial visto que o fundamentalismo bíblico ali vigora. Pesquisei por dias e dias por uma quantidade imensa de vídeos falando sobre o corpo astral, que na "concienciopédia" é chamado de conciex ou seja consciência extra-física, e todas as peculiaridades inerentes a consciência. Pois bem, não posso dizer nada contra a concienciologia e seu conteúdo, o qual depois de muito estudar dedicando até quatro horas de estudo quando se tratava de ouvir as tertúlias do Waldo Vieira, (pai e mãe da concienciologia). Ora, aconteceu que, depois de muito atentar para o aprofundamento da concienciologia, percebi que, tenho que dar um tempo, nesse rumo, pois apesar de ser adepto do princípio da descrença, dos preceitos da matéria, vi que os seguidores de Waldo correm o risco de violarem o princípio da descrença, tão enfático e tão fragil, pois o espírito humano é gregário desde as suas orígens como animal. Pois, a despeito de minha descrença quanto pandemônio de deuses existentes nas crendices do homem, acredito, não por fé, mas por conclusão, que a energia espiritual que habita no homem, o acompanha desde sua infância existencial, ou seja, o espírito do ser humano nasce com a evolução do ser humano desde primórdios da existência, e cresce no padrão evolutivo ao se encontrar com as dificuldades que se lhes apresentam nas várias existências animando corpos finalmente humanos. Penso que sempre acontece de energias estruturadas como espíritos humanos despertarem para a consciência, ficando assim pleonasticamente conscientes de sua existência eterna como residente em um corpo mais sutil, que por vezes tem de habitar em um corpo mais denso (material) perecível, com o intuito de acelerar o processo evolutivo, e penso ainda que só o fato de estarmos cientes disso, já nos coloca em estado de responsabilidade, pois passamos a interferir no meio em que vivemos com o exercício da razão e ao nos inteirarmos disto iniciamos as diversas fases de evolução pessoal que por fim se torna um caminho solitário por excelência. Entretanto, em vista do fato que, até haver um vislumbre de consciência em nossa existência, o caminho até ali é permeado de situações que se apresentam a nós sem que a desejássemos e quase sempre nos causando sofrimentos morais, pois até os ferimentos e deformidades físicas em sua finalística, atinge a consciência de forma a deixar impregnado em seu registro de emoções que lhe fizeram chegar a conclusão existencial e as emoções capazes de gerar progresso em grande salto são as que vem gravadas de sentimentos que identificamos como imenso sofrer. Daí podermos explicar que diante das fragilidades as quais somos portadores nos leva a formar grupos os quais em sua formação original eram bandos para se defenderm dos predadores, e esses bando passaram a condição de maior organização formando greis, porisso o homem é um animal gregário, vive bem melhor em grupos. Para que um grupo tenho uma direção, com mais probabilidades evolutivas, necessária se faz a presença de um líder que geralmente é guindado a condição de guia. Dependendo do grau evolutivo do grupo este guia pode tomar várias conotações em sua qualificação pessoal. Existe a deificação, na minha opinião, quando o nível de fanatismo dos integrantes do grupo guinda o líder para tal e qual deus, santo, anjo, etc.. enfim é apoteótico. Entretanto, sem prejuízo da gratidão que devemos sentir, penso que não é uma boa medida deificar qualquer espirito que seja, porquanto isto não traz benefícios para o grupo nem quando ele se torna vencedor, e principalmente neste caso onde há mesmo é um gravame na escala evolutiva, é um simples entrave que despende muito esforço do espírito para se livrar desta modalidade e perceber que independdente de onde estejamos sempre seremos indivíduos perenes de exitência, portanto independentes. Voltando a minha pessoa, devo dizer que a concienciologia me deu ferramentas para me sentir livre até mesmo de me colocar a salvo das sutilezas de doutrinação das lideranças da conscienciologia e ora estou convicto de que se eu me esforçar com as práticas energéticas que tenho aprendido, com certeza eu posso me projetar para fora do meu corpo denso, sendo que minha consciência poderá explorar o mundo extrafísico utilizando-se do meu corpo astral que em virtude das práticas energéticas posso fazer isto coscientemente, ou seja, com lucidez mais ainda que na vigília física. É... mas antes eu tenho que fazer cair todas as artimanhas de minha personalidade (torta), para se autocorromper e impedir minha evolução. Isso é o comodismo, que tenho tendência a me ater. 

Sexta-feira, dois de setembro de dois mil e onze da EC.
Josias Zanelli
Link de vídeo: PARADIREITO

Paradireito - Karla Ulman - 1 de 6 - Ciência e Consciência

http://youtu.be/o16mT6vFmyQ




http://youtu.be/o16mT6vFmyQ

Robert Allan Monroe

- Por Robert Allan Monroe -

Três vezes "fui" a lugares que não me deixam encontrar palavras para descrevê-los minuciosamente. De novo, é essa visão, essa interpretação, a visitação temporária a esse "lugar" ou estado de ser que encerra a mensagem ouvida tão freqüentemente no decorrer da história do homem. Estou seguro de que isso pode ser parte do supremo céu, como nossas religiões o classificam.

Deve também ser o Nirvana, o Samadhi, a experiência suprema relatada para nós pelos místicos dos tempos. É verdadeiramente um estado de ser, muito provavelmente interpretado pelo indivíduo de formas bastante diversas.
Para mim era um lugar ou estado de pura paz, porém de emoção apurada. Era como se flutuasse em nuvens quentes e macias, onde não existe acima nem abaixo, onde nada existe como pedaço separado de matéria. O calor não paira meramente ao seu redor, vem de você e passa por dentro de você. Sua percepção fica ofuscada e assoberbada pelo Meio-Ambiente Perfeito.

A nuvem na qual você flutua é varrida por feixes de luz em formatos e matizes que variam constantemente, e cada um traz benefícios quando você se banha neles no instante em que lhe passam por cima. Raios de luz vermelho-rubi, ou alguma coisa além que chamamos de luz, já que nenhuma luz jamais se fez sentir tão expressivamente. Todas as cores do espectro vão e vêm constantemente, nunca de maneira desarmoniosa, e cada uma traz um calmante diferente, ou felicidade pacificadora. É como se você estivesse e fizesse parte das nuvens cercando um ocaso eternamente brilhante e, com todos os padrões transformadores de cores vivas, você também mudasse. Você reage e absorve a eternidade dos azuis, amarelos, verdes e vermelhos, e a complexidade das cores intermediárias. Todas lhe são familiares.

Você pertence àquele local. Ele é sua Casa.

À medida que se desloca lentamente e sem esforço pela nuvem, você ouve música à sua volta. Não é coisa que veja. Permanece por ali o tempo todo, e você vibra em harmonia com a música. É muito mais do que a música convencional de origem conhecida. São apenas aquelas harmonias, as delicadas e ativas passagens melódicas, os contrapontos em multivozes, os harmônicos pungentes. São apenas esse que lhe conseguem evocar as emoções profundas, incoerentes do mundo convencional. O terreno está faltando. Coros de vozes parecendo humanas ecoam canções sem palavras. Infinitos padrões de cordas, em todas as nuanças de sutil harmonia, entrelaçam-se em temas cíclicos, porém evolutivos, e você ressoa com eles. Não existe origem para essa Música. Ela está aqui, em torno de você, você faz parte dela, ela é você.

E a pureza de uma verdade da qual teve apenas pequena amostra. Isto é o festim, e os minúsculos petiscos provados por você antes no mundo convencional, fizeram-no ansiar pela existência do Todo. Os indescritíveis estados de emoção, ânsia, nostalgia, senso de destino que sentia no mundo convencional, quando fitava o ocaso do Havaí, com as nuvens em camadas; quando permanecia em silêncio no meio das árvores altas, ondulantes na floresta calma; quando uma seleção ou passagem musical, ou toda uma canção, trazia recordações do passado, ou provocava um anseio sem imagem associada ao passado; quando sonhava com o lugar ao qual pertencia, fosse município, cidade, país ou família, agora isso está preenchido. Você está em Casa. Está no lugar a que pertence. Onde sempre deveria ter estado.

E o mais importante: não está sozinho, ligados a você estão os outros. Não possuem nomes, nem você os conhece pelos formatos, mas os conhece, e está unido a eles por um grande e simples reconhecimento consciente. São exatamente como você; são você, iguais a você; estão em Casa. Você sente com eles, como suaves ondas de eletricidade passando por entre você, uma integração de amor, do qual todas as facetas por que você já passou são meros segmentos e porções incompletos. Somente aqui as emoções existem sem necessidade de exibição ou demonstração intensa. Você dá e recebe em ação automática, sem esforço deliberado. Não é uma coisa que você precise, ou que precise de você. O gesto de "querer alcançar" desapareceu. O intercâmbio flui naturalmente. Você desconhece diferenças de sexo; como parte do todo, você é tanto macho quanto fêmea, é positivo e negativo, elétron e próton. O amor homem-mulher vem para você e sai de você; pai-filho-irmão-ídolo e idílio e ideal, tudo isso se afeta reciprocamente em suaves ondas à sua volta, dentro e através de você, que fica em equilíbrio perfeito porque está no lugar ao qual pertence. Está em Casa.

Inserido em tudo isso, contudo sem dele fazer parte, você vem a conhecer a fonte de toda a extensão de sua experiência, de você mesmo, da vastidão alem da sua capacidade de assimilar e/ou imaginar. Aqui você descobre e facilmente aceita a existência do Pai. Seu Pai de verdade. O Pai, o Criador de tudo que existe e existiu. Você é uma de Suas incontáveis obras.

Como ou por que não se sabe. Não é importante. Você vive feliz simplesmente porque está no seu devido lugar; aquele a que realmente pertence.

Cada uma das três vezes em que estive "Lá" não regressei voluntariamente. Voltei triste, relutante. Alguém me ajudou a regressar. Cada vez, após meu retorno, sofri intensa nostalgia e solidão, durante muitos dias.

Senti-me como um forasteiro deve sentir-se no meio de desconhecidos, numa terra onde as coisas não são "certas"; onde tudo e todos são tão diferentes e "errados", quando comparadas com coisas no local de onde ele veio. Solidão aguda, nostalgia, e certa coisa análoga à saudade. Tão grande era que não tentei voltar "Lá" novamente.

Seria o céu?

Certa vez tentei simular "Lá" neste mundo. Recordei-me quando criança, nadando numa piscina que tinha aquelas luzes coloridas embutidas nas paredes subaquáticas. Lembrei-me especificamente da piscina que possuía tais luzes.

Nossa casa de campo tinha uma piscina, daí comecei a entrar em ação. Havíamos instalado iluminação submarina, e eu usei cores nas lâmpadas. Tentei arduamente, porém não consegui reproduzir os matizes profundos de que me lembrava. Foi preciso muita energia. Além disso instalamos uma saída de som subaquática para podermos deitar sobre a água com os ouvidos submersos e escutar música vinda do sistema colocado dentro da casa. Isso funcionou muito bem. Mas não se igualou ao "Lá" nem ficou parecido.

Havia um item em especial: visitando o local onde passara minha infância, a piscina da qual me lembrara continuava lá, contudo, não tinha iluminação submarina colorida. Ninguém, incluindo velhos amigos que havia nadado junto comigo, conseguiu recordar-se da piscina com luzes coloridas debaixo d´água.

Realidade, Realidade!

(Texto extraído do excelente livro "Viagens Fora do Corpo" - Robert Allan Monroe - Editora Record.)

Robert Allan Monroe (1916-1995) foi um dos maiores pesquisadores e incentivadores das experiências fora do corpo da segunda metade do século XX. Ele próprio um projetor, procurou desenvolver técnicas para reproduzir e pesquisar as saídas do corpo de forma organizada, clara e acessível. Fundou em 1971 nos E.U.A o Instituto Monroe para pesquisa da consciência.

Além do livro "Viagens Fora do Corpo" (publicado em 1971, e uma das referências clássicas no estudo das projeções da consciência, com presença obrigatória na biblioteca de qualquer projetor e pesquisador sério do tema), ele também lançou os livros ""Viagens Além do Universo" e "A Última Jornada" - todos pela Editora Record. Para maiores detalhes sobre o seu trabalho, sugiro ao leitor que visite o excelente site do meu colega Marco Antonio Coutinho (um dos pesquisadores mais sérios do Brasil sobre o tema das projeções da consciência), que fez um bom resumo da carreira de Monroe.

O endereço específico é: www.marco.antonio.nom.br/SPS_pessoa_fatos.htm

Também sugiro a visita ao site do Instituto Monroe (em inglês): www.monroe-inst.com - e ao site de extensão do Instituto Monroe no Brasil (coordenado pela pesquisadora Déborah Sachs): www.portalmonroebrasil.com

Texto <475><28/10/2003>

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Titulação






O significado do título de meu blog é no sentido personalíssimo de que possa existir algo como uma justiça que perpetua em uma linha infinita. É utópico, porém me traz esperança de que se pode viver em um espaço-tempo em que haja algo parecido com o conceito de  se sentir bem (felicidade, bem estar), somente pelo fato de existir e coexistir, pois coexistir é a melhor forma de existir.
ZANELLI.